Caiári Funcionário
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| Assunto: mata Qui Set 16, 2010 9:20 pm | |
| 2025, Setembro. Noite.
Sua mente repleta de preocupações repousava nas profundezas do lamacento e escuro Grande Lago. Felizmente a pureza das águas longe do eduncadário ainda era incólume e por isto sabia que seria questão de tempo para a água daquela área estar límpida novamente.
A reconstrução física do Educandário seria rápida, talvez em um dia ou dois todas as pedras estariam em seus devidos lugares, com a ajuda de um punhado de boas magias. Porém, restaurar todas as defesas mágicas de antes seria trabalho de um par de anos.
Suas reflexões sobre a reestruturação mágica da escola foi perturbada por um tênue raio de luar que se precipitou por entre a sujeira da turva água. A lama cinza escura criou um redemoinho dentro do feixe prateado de luz e após dois rodopios em sentido anti-horário, engoliu por completo a luz, trazendo novamente a escuridão para o fundo do lago.
"Hidromancia", a palavra surgiu sussurrada em sua mente e a velha selecionadora teve uma leve revelação do que estaria por vir em um futuro próximo.
"Dois rodopios... dois rodopios seguidos e anti-horários... dois ataques dos Fantasmas, sem dúvida... Mas quando?... Mas onde?... O primeiro já aconteceu?... A luz penetrando na escuridão... O Educandário!!!... Sim!!!... Sofreremos um novo ataque!!!"
E assim que decifrou o código divinatório das águas, soube que somente com a ajuda dos humanos, por melhores bruxos que fossem, não conseguiria resistir a um novo ataque... Sua fonte mágica estava ligada a Iramohn e sem ele não poderia defender a escola, como o primeiro ataque dos fantasmas já havia demonstrado.
Sabendo o que deveria ser feito, saiu de seu descanso e se dirigiu lentamente para as profundezas da Mata. Não havia mais do que trinta minutos que estava dentro da floresta quando o sutil farfalhar em um arbusto indicava que estava sendo vigiada. Faltava pouco... acelerou suas passadas ao ver o círculo de Pau-Brasis que lhe traria proteção, mas antes de alcançar o círculo de árvores protetoras, uma sombra parda avançou em sua direção e, mais rápido do que esperava, estava no chão.
A imensa figura de uma onça pintada empurrava seu corpo contra o solo, a prendendo sobre sua única, mas poderosa garra dianteira. Seus olhos emanavam uma luz vermelha repleta de fúria... Seu hálito quente despejava uma espessa e faminta baba sobre a cabeça da velha tartaruga.
- Ora, ora... O que temos aqui?... Uma tenra e deliciosa tartaruga!!!
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