[Torcida] Cedro x Pau-Brasil

@Julho/2025
@Campeonato Interno de Quadribol - Cedro x Pau-Brasil
@Campo de Quadribol

Citação :

Torcida, vcs sabem o que fazer!!! Os torcedores também ganham pontos!!!

Sophie acordou naquele dia sem absolutamente nada para fazer. Tocou um pouco de violino, um pouco de guitarra, entediou-se rapidamente. - Quer saber? Tá tendo jogo hoje, vou lá assistir - Falou ela, de repente, levantando-se da cama e indo trocar de roupa. Resolveu usar um conjunto de luva, cachecol e gorro cinza escuros com pequenos pontos brancos que havia feito durante as férias, lembrando-se de carregar consigo seu trabalho de tricô (um par de meias azuis), para que não ficasse completamente entediada durante o jogo.

Chegando no campo sentou-se em um lugar qualquer, começando logo a adiantar seu tricô enquanto ouvia desinteressada as torcidas da Cedro e da Pau-Brasil gritando feito loucas. Ela gostava daquilo, dos gritos, era a única coisa que fazia a pequena e antissocial Sophie se sentir parte da escola.

Pouco tempo depois do início do jogo uma bela garota sentou-se ao lado da menina. ~Por que, meu cosmos, enquanto algumas nascem com uma beleza exuberante e arrasadora eu tenho que me arrastar pela face da Terra com a aparência de um rato podre de esgoto? Isso simplesmente não é justo, e, pior, não faz sentido.~ Pensou Sophie, enquanto tentava explicar para a garota que se sentara ao seu lado as regras daquele jogo bruxo.

~Ela entendeu mais ou menos, eu acho... pelo menos está conseguindo torcer nas horas certas...~ Conjecturou Sophie, fazendo a lã azul correr por suas agulhas.

Bruno sentara nas arquibancadas reservadas para o diretor e os professores. Era estranho estar ali, distraído em um jogo de quadribol após os acontecimentos de Abril. Mas, distraindo seus pensamentos, um forte estrondo e um vendaval colossal indicavam que os jogadores estavam decolando com suas vassouras, prontos para mais uma partida de quadribol.
Bruno bateu palmas,\cerimoniosamente, junto com os outros professores. O diretor, como sempre, encontrava-se ausente.
Mas não era hora de ficar pensando naquilo, não mesmo. Precisava distrair-se do stress. A partida começara, com a cedro saindo na frente, mas logo a Pau-Brasil interceptou a bola. Bruno contorcia-se internamente para não esboçar nenhuma reação desigual. A artilheira seguia para o gol agora. O coração do professor palpitava. Cada vez mais próxima, mais próxima... E então, surgindo do nada, urão bem alto,m artilheiro da cedro desestabilizou o vôo da Pau-Brasil, arrancando vivas do lado vermelho da torcida. Bruno então fez um gesto muito estranho.
Ia xingar um palavrão bem alto, ao que bateu os pés no chão e elevou-se na cadeira. No meio do movimento, percebeu o que faria, e escondeu toda a ação descoordenada num grande espirro, batendo a cabeça desenfreada no banco da frente, soltando, então, o inevitável palavrão.
Os professores olharam para ele, ao que ele se desculpou, dizendo tratar-se de uma poderosa gripe. Internamete, estava aliviado. SOltara o palavrão.

- A MENINA MORREU? A MENINA SUMIU! MEU DEEEEUS, SOCORRO! COITADA, GENTE! VAI SALVAR, VAI ALGUEM SALVAR A MENINA, TADINHA! - Sophie não estava muito bem acostumada a aquele tipo de emoção em um jogo de quadribol, por geralmente não prestar muita atenção neles. Uma das jogadoras de um dos times, não sabia qual, tinha sido arremessada para fora do local do jogo, deixando-a, digamos, meio perplexa.

- GENTE, E A MENINA MORTA, COMO FAZ? VÃO AJUDAR NÃO? Eu não posso ir, er, por causa do meu tricô e tudo mais, além do mais acordei meio com dor nas costas e tal, MAS ALGUÉM TEM QUE IR AJUDAR A MENINA, E... - A ensandecida garota continuava a gritar e sacudir as agulhas de tricô como uma foragida da parte psiquiátrica do St. Sossego, espalhando fiapos de lã azul para todos os lados.