Merlin
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Bruno Maia Professor de Artes das Trevas Diretor da Pau-Brasil
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| Assunto: Re: estufa Seg Set 06, 2010 12:59 pm | |
| @Setembro, 2025 @Lamentos infindos @Estufa do Educandário @Manhã Dormitório improvisado - Torre central Bruno não dormira aquela noite. Toda vez que baixava sua cabeça aos fofos e confortáveis travesseiros, imagens rápidas e assustadoras vinham à sua cabeça, como flashes horripilantes de um pesadelo extremamente recente e real. Os fantasmas tomando a escola, as explosões, os flashes de luz, a poeira e os alunos gritando. Seus alunos... Correndo desesperados por um porto seguro, por um refúgio daquele caos imenso. E então, a imagem de Dominic, triunfando sobre aquele caos, seu riso macabro e bizarramente feliz com toda a dor e o desespero. Bruno levantou-se da cama, de supetão, sem ar. Respirava ruidosa e dificilmente, afetado pelo ódio e pela dor que consumiam seu íntimo. A nel de ísis, no sue dedo, queimava e ardia dolorosamente, como alguém informando que Bruno vira demais, e que sua passagem por este mundo já estava deveras demorada. Mas ele resistia. Simplesmente, não poderia abandonar o educandário. Não poderia deixá-lo morrer, não poderia deixá-lo acabar. A sol despontava ao longe, fraco e encoberto pelas nuvens e pela escuridão da noite, que teimava em persistir reinando no ambiente. No geral, ainda estava escuro, pois os raios solares inicidiam num ângulo fraco sobre a terra, deveriam ser ainda cinco horas da manhã. E foi neste ambiente indefinido que Bruno levantou-se da cama, e, sem nem mesmo escovar os dentes, saiu do dormitório, improvisado na torre central, em uma sala que não fora completamente destruída. Todos os professores, bem como os funcionários, estavam ali, ou ao menos os que restaram do massacre. Seus passos até a porta foram cambaleantes, fracos, desmotivados, como uma alma perdida, forçada a habitar um local que não lhe agrada, numa eternidade tediosa e hostil. Ao levantar-se, percebeu que estava sendo seguido com o olhar. E não por uma pessoa apenas, mas por diversas, inclusive, Victor. Sabia que seu amigo não havia dormido à noite.
Estufas do Educandário Ao passar, vagarosamente, pelos corredores do colégio, Bruno pôde então visualizar o tamanho dos etsragos. As paredes estavam caídas, habitáculos inteiros estavam destroçados, o teto falhava em diversos pontos e, mais de uma vez, Bruno viu-sepercorrendo trachos, banhado pelo vento frio que vinha de fora e admirando a única parte de toda a estrutura que não fora destruída: a mata atlântica. Isso porque a parede havia caído nestas partes, deixando o exterior à mostra. Enquanto andava, parecia fazer uma retrospectiva do que havia acontecido ali. Quase podia ver novamente as cenas das batalhas, marcadas em cada centímetro dos destroços que estavam caídos, ou pedaços da estrutura que estavam faltando. Ao ser banhado pelo vento frio do exterior, e olhar para os lados, Bruno não conseguiu suportar mais, e lágrimas começaram a banhar seu rosto. Não mais se via o verdume e a beleza esplendidamente natural do jardim, mas agora uma grande mancha marrom, permeada por mortais resquícios do edifício ao lado, que caíram por todo o jardim como uma intensa chuva de meteoros, era visível, mosytrando o ambiente hostil de morte e dor. Então, viu uma pequena sombra abaixada ao lado do lago, chorando, estática.Bruno sabia quem era, e desejava mais do que tudo ter forças para ir consolá-la, mas, no momento, ele precisava de consolo também. Ele era fraco, não tinha o controle psicológico que acreditava ter, e não teria forças para consolar a pequena Caiári. Caminhou até as estufas, ali próximo, para amdirar um cenário de completa destruição. As luzes artificiais, os viros das janelas, as plantações mágicas, tudo havia sucumbido perante a força das explosões e dos destroços. Ali, o cenáio também era desolador. Bruno sentou-se no chão, perto de uma das bancadas e, escorando suas costas ali, pôs-se a chorar, profusamente. Iramohn havia sumido, Caiári estava aos prantos, o Educandário estava em ruínas. Tudo, absolutamente tudo havia dado errado. Sinceramente não sabia o que fazer, estava perdido, caíra no jogo psicológico dos fantasmas. Estava sem esperanças, estava sem rumo. Precisava chorar, mas não sabia se isso adiantaria, e não sabia se conseguiria reeguer-se, no fim.
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