%Setembro, 2025
%17h
%Portões do Educandário
Seus pés pisavam nas pedras que abriam caminho por entre o gramado verde, fazendo barulhos surdos e abafados devido ao seu sapato. Sua capa farfalhava a cada passada de sua perna, açoitada pelo vento forte, e extremamente frio que se abatia sobre ele. Enquanto andava, sentindo o vento força-lo descomunalmente para trás, Bruno ria-se da ronia de estar a tanto tempo dentro do Educandário, mas raramente visitar seus portões.
Era um lugar bonito, e intocado pela recente guerra que sitiara-se por ali. O gramado do caminho estava praticamente intacto, e as pedras também estavam organizadas perfeitamente. O cmainho até o portão era uma pequena subida, com escadas de pedra toscas, intencionalmente dessa maneira, que dava num grande muro de mármore e concreto bruto, aparentemente sólido e intransponível. Acima do muro haviam duas estátuas, suas cabeças decepadas e seus braços desgastados com o vento, a maresia e o tempo.
COm um leve riso no rosto, Bruno pegou de seu bolso a chave pesada feita de ouro envelhecido, mais pesada que sua maleta que carregava para cima e para baixo, em suas aulas. Era uma chave comum, como essas que os trouxas usavam para trancar suas portas, mas parecia ter o peso de um saco de arroz. Era o peso da responsabilidade, um feitiço antigo, feito por Iramohn. E foi pensando em Iramohn que Bruno, tristemente, encostou a chave no muro, e este simplesmente desapareceu, deixando uma portinhola de madeira em seu lugar. Era uma portinhola de roça, daquelas imporvisadas pelos donos dos terrenos, feita de estacas de madeira unidas por um pedaço de barbante. Ali atrás, havia uma figura alta, de cabelos negros e face sisuda, e outra, mais alva e de olhos claros.
Só então Bruno se deu conta do tempo, e de como seus alunos, que ele vira aprenderem a dar seus primeiros passos na magia, haviam crescido e se tornado fortes. Era um daqueles sentimentos de avô, que vê seus netos crescerem, mas mantém um saudosismo besta pelos tempos inocentes e frágeis de outrora.
"Olá... Quanto tempo... Entrem!"
E, com um aperto de mão, cumprimentou cada um. Os alunso entraram, e Bruno fechou o portão, tornando-o um muro sólido novamente. Seus alunos o acompanharam por todo o caminhoa té o educandário. A cada passo que davam, pareciam mais próximos do epicentro de uma catástrofe nuclear. Pedaços demármore, madeira e diversas outras coisas etavam espalhados pelo chão. Um sentimento estranho se abateu sobre ele. Algo como trsteza, não sabia...
"Espero que não reparem a bagunça... Agora, vamos, o diretor os aguarda em sua sala..."
%Setembro, 2025
%18h
%Sala do Diretor
E seguiram para a sala do diretor, subindo pelas escadarias destroçadas e frágeis. Por vezes, um pedaço do reboco do teto caía em algum lado distante, e por duas vezes eles tiveram que parar para avaliar as condições de sustnetação do chão sob seus pés. Por fim, bateram no escritório escuro de Victor, que parecia perdido em pensamentos, em reflexões e em sensações únicas e interiores, mas que estavam estampadas no rosto de todos e de cada um ali dentro.
Após os cumprimentos iniciais, Victor pediu a Bruno que visse os aposentos que restavam para os aurores. Do ataque dos fantasmas, somente poucos aposentos restaram intactos. Um deles era esta sala, o outro o dormitório coletivo dos professores, as torres comunais também haviam se safado, e alguma das salas do quinto andar também estava praticamente inteira.
"VOu providenciar uma sala disponível para vocês, aurores. Se puderem esperar um minutinho..."
Ao sair da sala, seu olhar encontrou com o de Victor. Uma dúvida perpassou seu semblante. Deveriam confiar mais uma vez todos os seus segredos aos aurores?