Depois de uma aula de alquimia, que era uma matéria repugnante ao ver de Leon, ele pegou uma roupa estranha, meio cintilante e vermelha, diferente da maioria, que tinham vestes amarelas. A roupa era basicamente feita de lasquinhas de algo duro bem juntinhas. Pelo menos era o que alguns achavam. Muitos trouxas fazem roupas com aquele material e chamam de paête, mas os bruxos bem sabem que não é bem assim, até por que exige um trabalho duro conseguir aquelas peles de dragão. Além de serem caras a beça. Leon havia ganhado aquela veste em especial de seu avô que por ter um pouco de dinheiro a mais fez questão de comprar quase todos os materiais do neto. E bem, ele não compraria nada que não fosse da melhor qualidade.
Leon chamava bastante atenção naquela roupa, e ele sentia-se um grande palhaço. Todo mundo olhava quando ele passava, e como usava um capacete, ele mais parecia um Darth Vader cintilante que havia se juntado ao lado vermelho da força.
Obviamente a aula de hoje seria sobre qualquer coisa que envolvesse fogo, uma vez que as vestes estranhas serviam nada mais nada menos do que para a proteção contra o calor. O que fazia com que Leon praguejasse e perguntasse por que cargas d’água seu avô comprou uma coisa tão cara se ela ficaria chamuscada. Atrás do visor, um tanto quanto embaçado Leon viu que entrariam em uma “saleta” em chamas. Quando todos os alunos e a professora entraram ele viu que algumas plantas não estavam em chamas, mas sim verdes o bastante para parecerem que ao invés de uma sala quente estão em um ambiente úmido.
Aos poucos, com a explicação da professora ele entendeu que se tratava de plantas dragões. E a tarefa dos alunos seria deixá-las calmas para que elas não pegassem fogo novamente._Ótimo,que espiriutoso!_Leon pensou um tanto quanto apreensivo.
Cada aluno recebeu um vasinho da planta, que ainda era um bebê. Leon como sempre foi tão delicado quanto um cavalo ao pegar a planta e quase deixou a pobrezinha cair, o que fez com que a planta ficasse mais nervosa ainda. Ele tentava de tudo para fazer áqüea coisinha ficar verdinha e bonitinha, chegou até mesmo a ameaçar a pobre dizendo que a comeria de ela não ficasse verde, o que obviamente não adiantou. Então como única saída ele começou a cantar canções de ninar para a pequenina, e por incrível que pareça ela foi se apagando aos poucos, e então o fogo logo se extinguiu. O único problema era que se ele parasse da cantar ela voltava a se irritar, e então o Pobre garoto lobo teve que continuar cantando até o fim daquela aula.